As palavras são novas: nascem quando
No ar as projectamos em cristais
De macias ou duras ressonâncias.
Somos iguais aos deuses, inventando
Na solidão do mundo estes sinais
Como pontes que arcam as distâncias.
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SARAMAGO, José. Os poemas possíveis. 3a. ed. Lisboa: Caminho, 1981.
No ar as projectamos em cristais
De macias ou duras ressonâncias.
Somos iguais aos deuses, inventando
Na solidão do mundo estes sinais
Como pontes que arcam as distâncias.
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SARAMAGO, José. Os poemas possíveis. 3a. ed. Lisboa: Caminho, 1981.